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Conflitos em família: como a Sistêmica pode ajudar a resolver?

Ampliar a visão do conflito familiar além das características individuais de cada um traz diferentes possibilidades de interação e desenvolvimento.

Viver em família, muitas vezes, é nossa dor e nossa delícia! É nela que encontramos nossas referências, costumes e heranças. No entanto, é nela que sentimos nossas dores, faltas e frustrações.

Assim também é com nossos pacientes. Muitas vezes uma pessoa procura a ajuda de um Psicólogo quando se vê com dificuldades para resolver alguma questão, e a angústia toma conta.

Para contribuir com esta pessoa, que em geral está num momento de fragilidade, é importante ter uma visão de seu contexto: quais as dores e marcas em seu processo de crescimento, e qual a qualidade de suas relações familiares.

A Terapia Familiar Sistêmica nos dá essa perspectiva, de analisar o contexto, as relações familiares o momento do ciclo de vida que os conflitos surgem, indo além de suas características individuais.

Como surgem os conflitos familiares?

É natural, porém não necessariamente agradável, que as famílias tenham conflitos. Estes costumam estar relacionados às fases que a família está vivendo (Ciclo de Vida Familiar).

Por exemplo, quando um casal inicia a vida a dois, muitos ajustes são necessários para estabelecer relações de boa convivência. Negociações precisam ser feitas, em geral cada um traz de sua Família de Origem (família onde nasceu) seus padrões e formas de perceber o mundo.

Nesse momento, estão formando uma Família Nuclear, estabelecendo um jeito próprio e único de funcionar, com suas regras e acordos. Com a chegada dos filhos, as demandas mudam e alguns acordos que foram feitos, precisam ser revistos e modificados. Assim segue por cada etapa da vida desta família.

De que forma os psicólogos sistêmicos podem auxiliar na resolução dos conflitos familiares?

Compreender as características da interação familiar, das dificuldades que permeiam cada fase do ciclo de vida, identificando as demandas e necessidades da família. Por exemplo, quando se tem filhos pequenos, a família precisa protegê-los e ao mesmo proporcionar autonomia de acordo com sua fase, para seu desenvolvimento físico e emocional.

Na adolescência, a família deve ser mais flexível para estimular a construção da autonomia, preparando o adolescente para a vida adulta, onde terá maiores responsabilidades, para quando chegar na vida adulta poder conquistar independência financeira e emocional.

Outra forma que o Terapeuta Sistêmico pode colaborar com a família, é clarificar os padrões, regras e lealdades familiares. Buscar a história familiar em três ou quatro gerações, traz informações muito ricas para a compreensão de quais questões estão interferindo no processo de construção da família nuclear.

Enfim, para que o Terapeuta Sistêmico possa colaborar na resolução dos Conflitos Familiares, precisa considerar diversos fatores, além das características individuais de seus membros, tais como: fase do ciclo de vida familiar que estão vivendo, realidade sócioeconômica e cultural, história das famílias envolvidas, forma de se relacionarem.

Ampliar a visão do conflito familiar, indo além das demandas isoladas, possibilita diferentes interações e proporciona espaço para o crescimento e desenvolvimento da família e dos seus membros. Existem diversas técnicas projetivas que expande a percepção de como as famílias se relacionam, por exemplo: o Genograma, Genograma da Missão, Genograma Cruzado, a Linha do Tempo, entre outros.

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